João Gilberto formou-se em 1985 e desde então, advoga em todas as áreas. Desde pequeno queria ser advogado, seguindo a carreira de seu pai. Escolheu a profissão como forma de favorecer aqueles que são injustiçados. Mas durante a faculdade, percebeu que a realidade da advocacia é diferente deste seu entendimento inicial. Nem sempre defenderá os injustiçados, mas aquele que precisa ser defendido. E então, formado, passou a advogar para a parte que o contratou.
A partir daí, busca a defesa, GANHAR, ACERTAR, obter um RESULTADO POSITIVO. E então a cada audiência, arma-se com papéis, leitura, análise racional, análise crítica e tudo o que pode gerar o RESULTADO POSITIVO.
Para isso, enche-se força, energia, argumentos, uma oratória perfeita e uma escuta atenta. Precisa dar conta do RESULTADO POSITIVO.
O corpo se programa para a LUTA COM UM OPONENTE – mas não é uma luta física – seria interessante avisar a este corpo que a luta é intelectual!
Não foi possível, o corpo não conhece esta diferença, entende que para LUTAR é preciso enrijecer os músculos, aumentar a pressão sanguínea e acelerar os batimentos cardíacos, então a boca fica seca e as mãos começam a suar, o corpo responde: você está pronto para obter um RESULTADO POSITIVO.
Mas não foi hoje, embora o corpo de João Gilberto tenha sido totalmente preparado para a LUTA, a audiência foi adiada.
E no outro dia, o corpo se preparará novamente.
Quase diariamente, João Gilberto passa por esta preparação corporal, esta é a fase de alarme do processo de estresse, uma reação corporal inteligente, que se estabelece pelo Sistema Nervoso Central, como forma de sobrevivência. O estresse é um fenômeno natural, necessário e inevitável, que todo indivíduo, precisa entender e aprender a lidar, no seu cotidiano.
Se a história de João Gilberto te mobilizou de alguma forma, comece a observar as suas reações ao estresse cotidiano.
Maria de Fátima Antunes Alves Costa
Psicóloga – Mestre em Psicologia Social
Especialista em Estresse Laboral