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Uma pesquisa da CareerBliss revelou que o advogado empregado é o profissional mais insatisfeito dos Estados Unidos com o próprio emprego. A pesquisa, na qual 65 mil empregados foram entrevistados, teve o objetivo de determinar o índice de satisfação (ou de felicidade) ou de insatisfação (ou infelicidade) das pessoas no trabalho. No final, a empresa publicou a lista dos 10 profissionais que chamou de mais felizes e mais infelizes no emprego.

Curiosamente, a média salarial do advogado empregado nos EUA (US$ 111 mil por ano) é mais que o dobro da média salarial do corretor imobiliário (US$ 53 mil), o profissional mais satisfeito com o emprego. O índice de satisfação do advogado empregado é de 2,89 (de 0 a 5), enquanto o do corretor imobiliário é de 4,26.

A CEO da CareerBliss Heidi Golledge disse à revista Forbes que uma explicação para a infelicidade do advogado empregado é a “cultura da firma”. É preciso muitos anos de trabalho duro para se tornar um sócio do escritório de advocacia, o que é um objetivo comum entre os advogados empregados.

icmsO trabalho que realizam nem sempre é gratificante, as compensações não são atraentes e recebem menos que profissionais com o mesmo nível de formação de outros setores. Também pesa, nos EUA, o fato de os escritórios de advocacia trabalharem com base em “horas faturáveis”, o que cria uma pressão adicional sobre os advogados.

A área jurídica tem mais um tipo de profissional insatisfeito nos EUA. O auxiliar jurídico ocupa a 7ª posição entre os mais infelizes no país com seu emprego, com um índice de 3,38. Uma das principais queixas dos auxiliares jurídicos é o de passar a maior parte de seu tempo cumprindo tarefas burocráticas, depois de passar anos na faculdade sonhando e se preparando para atuar nos tribunais.

Nas entrevistas da pesquisa, os empregados de diversos setores tiveram de avaliar alguns fatores que afetam a satisfação no trabalho. Entre eles, o relacionamento com o chefe e colegas de trabalho, o ambiente no trabalho, recursos disponíveis, remuneração, oportunidades de crescimento no emprego, cultura da empresa, reputação da empresa, tarefas diárias, controle sobre o trabalho que fazem diariamente.

Cada profissão foi avaliada por pelo menos 50 profissionais. Eles avaliaram cada fator em uma escala de 5 pontos e também indicaram a importância de cada fator para a satisfação no trabalho.

Fonte: Conjur