Será que uma arma de fogo em posse de uma mulher poderá salvá-la de crimes sexuais?
Diante do cenário brasileiro, observamos que muitas mulheres estão passando por grandes dificuldades no seu dia-a-dia devido ao medo de se torarem vítimas de crimes sexuais, principalmente ser vítima do estupro. Um crime absolutamente bárbaro e desumano que está fazendo com que as mulheres passem por momentos de pânico pelo simples fato de andarem sozinhas à noite, ou até mesmo na luz do dia. Se você, mulher, está cansada de passar por todos esses problemas, é necessário que observe bem as informações contidas neste material.
Infelizmente, a cada 11 minutos uma mulher é vítima de estupro no Brasil. Segundo o 8º anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2013 foram registrados mais de 50 mil casos de estupros em nosso País. Conforme pesquisas internacionais, apenas 35% das mulheres costumam relatar o episódio às autoridades. É um número de denúncias considerado baixo e preocupante, uma vez que a maioria dessas vítimas continuam sendo abusadas diariamente. Mas como podemos evitar, ou pelo menos fazer com esse alto número de crimes sexuais diminuam? A resposta é simples: o direito garantido ao porte de armas. É uma resposta um tanto polêmica, mas iremos observar que os diversos estudos apontam para essa conclusão.
Uma mulher com preparo para portar uma arma em seu dia-a-dia é certamente sinônimo de mais segurança. Podemos considerá-la como mais um membro público em prol da ordem social. Contudo, o grande problema que enfrentamos são as críticas feitas ao armamento civil. A grande mídia, por exemplo, que expõe uma falsa realidade sobre assunto, sempre condenando e culpando uma arma de fogo usada por um criminoso para fins ilícitos. O que é mostrado pela imprensa é “Arma de fogo mata fulano devido a uma briga de bar”, mas não mostra que quem estava por trás da arma era um sujeito com antecedentes criminais que deveria estar preso, mas está em pleno gozo de liberdade devido à impunidade.
Para podermos observar o quão são importantes as armas de fogo usadas por mulheres para a autodefesa, não poderíamos deixar de lado a drástica queda nos números de estupros na década de 60, em Orando, nos EUA. A mídia divulgou um curso de segurança, com o objetivo de ensinar as mulheres de Orlando como usar armas de fogo para a legítima defesa. O resultado dessa iniciativa: A taxa de estupros de Orlando caiu 88%, isto é, mulheres armadas e preparadas, são mulheres mais seguras.
Mas isso não é tudo, pois um economista americano chamado Lawrence Southwick, fez uma análise dos dados fornecidos pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de 1979 e 1987, e descobriu que quando uma mulher não reage a algum ataque, a chance dela ser ferida gravemente é 2,5 vezes maior do que uma reação quando uma mulher reage com uma arma. Ou seja, a chance de sair ferida gravemente em um ataque reagindo sem uma arma era aproximadamente 4 vezes maior do que quando elas optavam pela reação em posse de uma arma. Assim sendo, é notório o quão importante é ter a liberdade de usar esse objeto para igualar as forças de uma vítima mais frágil contra um agressor mais forte.
Alguns países que sofrem com o auto índice de estupros estão em busca de solucionar o problema, ou evitá-lo com o armamento civil. A Índia é um ótimo exemplo, pois é um dos países onde mais se constatam crimes de estupros, ganhando cada vez mais destaque na mídia internacional. Mas em 2014, a companhia estatal Indian Ordnance Factory (Fábrica de material Bélico Indiana) teve a ideia de elaborar e lançar no mercado uma arma de fogo para as mulheres que clamam por proteção. A arma é um calibre.32, que recebeu o nome de Nir Bheek, em homenagem à uma estudante que ficou extremamente reconhecida, e chocou o mundo por ter sido morta cruelmente depois de ter sido estuprada coletivamente, em 2012, na cidade de Nova Déli, na Índia.
No mesmo mês do fato, após o crime, as autoridades policiais da Índia constataram aproximadamente 1200 ligações por dia, feitas por mulheres buscando informações de como obter uma arma de fogo para a sua autoproteção. Ou seja, a cada caso de estupro, as mulheres estão cada vez mais inseguras, e a única saída para se sentir e estar um pouco mais protegida é adquirir um objeto eficaz para combater esse crime, pois as forças policias não são 100% eficaz e onipresente. Mesmo nos países mais desenvolvidos não há um policial protegendo um indivíduo 24h por dia. É simplesmente impossível.
Ainda sobre a índia, uma ativista feminista indiana, chamada Anita Dua, falou um pouco sobre algumas restrições que o País adota sobre armamento civil, como por exemplo a proibição de armas em locais públicos. Ela comprou sua arma há 8 anos, mas nunca teve a oportunidade de usá-la.
“ Eu trabalho pelas questões das mulheres, ajudei a mandar muitos para a cadeia e tenho muitos inimigos. Comprei este revólver por segurança pessoal, mas não posso usá-lo para a maioria dos lugares, então fica trancado em casa, juntando poeira”.
Porém, diferentemente da índia, nos EUA a organização Gun Owners of America, cita um estudo de 1997, dos autores Kleck e Gertz, onde mostrou que anualmente, mais de 200 mil americanas usam armas para se defender de crimes sexuais. De acordo com o Departamento de Segurança Pública do Texas, 1.017.618 de texanos agora têm autorização para andarem armados, apresentando uma taxa de homicídios de 4,4 por 100 mil habitantes. É a menor taxa de homicídio desde a década de 60, mas isso não para por aí, pois, segundo Bene Barbosa, até 2012 a redução dos crimes violentos em geral foi de 49%. O maior impacto foi nos estupros, onde despencaram 59%, ou seja, a menor taxa de todas.
A explicação para essa impressionante queda nos números de estupros está totalmente relacionada ao grande número de autorização ao porte de armas, pois desses mais de um milhão, cerca de 26% são portes concedidos as mulheres. Em números mais precisos, são quase 270 mil mulheres armadas no estado do Texas. Segundo John Lott, Prof. de criminalística, e responsável pelos maiores estudos elaborados sobre armas na sociedade, há uma desmotivação na prática dos estupros nos criminosos, já que a maioria dos crimes sexuais são cometidos com o emprego de armas brancas, como facas, canivetes, ou outro objeto da mesma natureza, isto é, quanto mais armas as mulheres têm, menos crimes sexuais irão se concretizar, mas ainda iremos mais longe para comprovar tal fato. Novamente, de acordo com o Prof. Bene Barbosa, há um dado que reforça essa tese elaborado pelo estudo “ Law Enforcement Assistance Administration, Rape Victimization in 26 American Cittes” do Departamento de Justiça norte-americano, onde expõe que somente 3% dos estupros se concretizam quando a mulher está armada e reage. Um número absolutamente pequeno!
A autora Mary Chastain, contou uma história em seu artigo no o site de notícias Breitbart que serve como um ótimo exemplo para tirarmos algumas conclusões sobre o poder de uma arma nas mãos das mulheres. A história é sobre uma mulher em Myrktle Beach, Carolina do Sul, que ao entrar em seu carro, foi surpreendida por um criminoso em posse de uma arma branca. Ela diz que o meliante a empurrou para o banco do passageiro, e por sorte, ela pôde pegar sua arma que estava dentro do porta luvas que fez o agressor desistir do crime e fugir.
Há, também, um artigo muito interessante da Advogada Gayle Trother, publicado no The Washington times, que fala sobre a igualdade entre uma vítima frágil em posse de uma arma contra um agressor aparentemente mais forte. Ela afirma:
“ Uma mulher armada não necessita ser mais forte ou estar próxima o bastante para um combate corpo-a-corpo. Ela pode proteger seus filhos, parentes, idosos, a si mesma ou outros que estejam vulneráveis a um agressor”.
A autora americana do artigo “ Mulheres armadas, mulheres seguras”, Kayle Lynne Booth, afirmou:
“ Eu sou caçadora e uma dona de armas desde que me tornei adulta. Eu sei manusear e operar uma arma de fogo. Eu me sinto mais segura em minha casa sabendo que eu tenho uma arma para proteger a mim e aos meus filhos. Todos os dias, mulheres nas forças armadas lutam por nosso País com armas ao cumprirem seu dever de proteger os cidadãos”
No estudo americano, “10 Stories That Prove Guns Save Lives” foram destacadas 2 histórias referentes ao tema, onde mulheres armadas evitaram a prática do estupro.
- Uma mulher de 53 anos de idade, conselheira de uma escola privada estava sozinha no momento de um ataque, pela manhã de uma quarta-feira. Ela vive em East Mount Tabor Circle, em Duluth.
Ela estava saindo do chuveiro quando foi surpreendida por um homem estranho com uma faca de cozinha, disse à polícia. Eles disseram que houve uma luta no banheiro, fazendo com que ela caísse dentro da banheira, ferindo a si mesma. A mulher tentou lutar contra o homem com uma haste de chuveiro, e ele forçou-a para o seu quarto. Ela disse ao seu agressor que tinha dinheiro no quarto, mas ela pegou um revólver calibre 22, e disparou 9 vezes contra o homem, segundo a polícia.
As autoridades ainda afirmaram que o homem correu para fora, e caiu no quintal. Mais tarde, ele morreu no Centro Médico de Gwinnet. A vítima, que foi ferida na barriga, também foi levada para o hospital para o tratamento de ferimentos não-fatais. A polícia não divulgou o nome dela.
- Quinta-feira, Mônica Jones disse que estava mais brava do que com medo, quando correu para ajudar uma garotinha de 12 anos, que era sua vizinha, gritando, pedindo a sua ajuda. Mônica apontou sua arma para o homem que tinha tirado a roupa da criança, e advertiu: “Fique aí ou eu atiro”
A Sra. Jones, mãe de 3 filhos, disse em uma entrevista: “ Se alguém está prestes a se machucar, eu não poso fechar a porte”
A polícia disse que a atitude da Sra. Jones foi heroica em evitar que a garota de 12 anos fosse estuprada pelo criminoso.
Segundo as autoridades, a vítima tinha sido agarrada em um ponto de ônibus no norte de St. Louis, e arrastou ela para o prédio, em um apartamento próximo ao da Sra. Jones, que vive com seus 3 filhos.
O criminoso arrancou a roupa da menina e tentou estupra-la, mas a menina conseguiu se soltar e correr para o corredor, onde ela foi recebida pela Sra. Jones. A Sra. Jones pegou sua espingarda e rendeu o homem até a polícia chegar, dizendo: “ Você não vai a lugar nenhum. Fique parado ou eu atiro! ”
O suspeito se chamava Leon Fowler, de 23 anos, foi acusado de sequestro e tentativa de estupro.
Observado as histórias, fica evidente e comprovado o quão importante é uma arma de fogo sob a posse de mulheres responsáveis no combate à violência.
Mas, e no Brasil, há algum tipo de incentivo para tentar diminuir a prática ao de crime estupro? No nosso País, mesmo com muitos casos de estupros, não se observa nenhuma manifestação ou movimentos, como movimentos feministas contra o desarmamento civil. Os mesmos grupos dizem representar as mulheres na luta contra o estupro, mas para elas, se combate estupro com cartazes. É uma verdadeira alienação ideológica, sem lógica. O Estado, como responsável supremo pela segurança pública não dá nenhum tipo de auxílio ou estímulo para que as mulheres do nosso país possam treinar para aperfeiçoar a autodefesa. O principal estímulo feito pelo Estado, são as manifestações que não mudam e nunca irão mudar ou diminuir os crimes sexuais. Desse modo, observamos uma total alienação intrínseca na mente das que se dizem “ se importar com as mulheres”, e um absoluto abandono institucional que as mulheres estão sofrendo em relação à segurança.
Portanto, em virtude dos fatos mencionados, podemos afirmar que a forma mais eficaz em evitar um crime sexual é quando a vítima tem em posse uma arma. Entretanto, esse direito de liberdade não é respeitado no Brasil, uma vez que o Estatuto do Desarmamento impõe regras restritivas aos cidadãos. O primeiro passo para que as mulheres tenham seus direitos de defesa resguardados é a luta a favor da revogação do Estatuto. Ter uma arma ou não, é questão de escolha. Defender-se ou não, também é optativo. Mas tornar essa proibição como uma regra geral e absoluta onde mulheres são impedidas de se defender em um cenário entregue à violência, em que milhares sofrem com o estupro, ou têm medo de sofrer algum crime sexual é dar liberdade e estímulo para que mais crimes se consumem. Em suma, o real problema é a imposição feita por quem não concorda com o armamento civil sobre aqueles que necessitam de proteção. Assim sendo, a melhor política de segurança pública de um país é quando o seu povo luta pelo seu direito de defesa.
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REFERÊNCIAS
SILVA, Rodrigo. Você é mulher e não aguenta mais ter medo de sofrer violência? Luta contra o desarmamento. Disponível em: < http://spotniks.com/voce-e-mulher-e-nao-aguenta-mais-ter-medo-de-sofrer-violencia-sexual-lute-contra-o-desarmamento/ > Acesso em 20/09/2016
BOOTH, Kaye Lynne. Mulheres armadas, mulheres seguras. Disponível em: <http://www.libertarianismo.org/index.php/artigos/mulheres-armadas-mulheres-seguras/> Acesso em 20/09/2016
BARBOSA, Bene. Texas ultrapassa 1 milhão de portes de armas; 270 mil são de mulheres. Disponível em: <http://www.cadaminuto.com.br/noticia/287217/2016/05/19/texas-ultrapassa-um-milhao-de-portes-de-armas-270-mil-sao-de-mulheres> Acesso em 23/08/2016
HAWKINS, John. 10 Stories That Prove Guns Save Lives. Disponível em: <http://townhall.com/columnists/johnhawkins/2013/02/02/10-stories-that-prove-guns-save-lives-n1503549> Acesso em 11/09/2016
GOA – GUN OWNERS OF AMERICA. Fact Sheet: Guns Save Lives. Disponível em: < https://www.gunowners.org/sk0802htm.htm > Acesso em 11/09/2016
Escrito por: Rodolfo Agra