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Uma das coisas mais comuns de se ver na advocacia é o profissional atuando em várias áreas do Direito (Cível – família, indenização, obrigação de fazer, etc – Criminal, Trabalhista, Previdenciário, dentre outras).

Em conversa com quem se arrisca a atuar em tantas áreas vem a argumentação de que “advogado bom é aquele que ‘sabe’ (ou ‘faz’) de tudo um pouco” e que questões financeiras fazem com que surja a necessidade de atuar em todas as áreas.

Inclusive, muitos clientes pensam assim, que o advogado deve saber tudo de todas as áreas (que não são poucas) e se não souber não é um bom profissional.

Mas será que realmente é necessário se arriscar a trabalhar em todas as áreas do Direito? Ou é melhor se especializar em uma das muitas matérias, com o fim de prestar um serviço específico, melhor e de mais qualidade?

Faço essa pergunta, pois, como sabemos, cada matéria do Direito possui procedimento próprio, cada um com as suas especificidades, sendo que, muitas vezes, sequer há compatibilidade procedimental entre elas.

Essa “necessidade” de atirar para todos os lados é o que chamo de “síndrome do advogado super-homem”, a qual causa uma sobrecarga ao advogado e só prejudica a atuação profissional e a defesa do direito da parte contratante.

Ao invés de advogados especializados, os quais, teoricamente, possuem conhecimento específico no assunto, temos advogados que sabem um pouco de cada coisa e se lançam à prática jurídica, colocando o direito da parte em risco, justamente por não saber a fundo a área que está atuando.

Não adianta pensar que a atuação na área cível é igual à da área criminal. Tampouco que fazer um recurso trabalhista é o mesmo que fazer um recurso administrativo.

Cada área tem a sua regra e, como sabemos muito bem, a inobservância dessa regra pode gerar consequências gravíssimas a todos os envolvidos.

Inclusive, as maiores reclamações feitas pelos clientes, relacionadas aos advogados que lhes representaram nos processos, referem-se à perda de prazo, recurso errado, má fundamentação e desconhecimento da matéria, as quais poderiam ser evitadas, desde que entendêssemos a necessidade de nos especializarmos em uma determinada área.

Na minha visão, querer abraçar o Direito e atuar indistintamente em todas as áreas é algo impraticável e coloca em risco a carreira profissional e, o mais importante, o direito da parte contratante.

Um erro e o direito da parte vai pelo ralo.

Que fique claro que não defendo o extremismo de que o advogado só pode atuar em uma única área e ponto final. Mas deve ter uma área de atuação, uma especialização (que não tem que ser obrigatoriamente por título), uma matéria que tenha domínio.

É melhor saber muita coisa de pouca matéria do que pouca coisa de muita matéria, sem conseguir sair daquela atuação básica.

Reclamamos que a advocacia está cheia de profissionais, mas nos igualamos quando deixamos de nos especializar e vagamos por todos os campos do Direito.

Uma boa solução para ter um escritório que atua em várias áreas é fazer parcerias com profissionais especializados em ramos diversos, buscando prestar sempre um serviço especializado de alta qualidade.

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Escrito por: Pedro Magalhães

Fonte: Jusbrasil